MARCELO LUZ LEAL

MARCELO LUZ LEAL
Pensar então fazer. marceloluzleal.adv.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A culpa é de quem?

A CULPA PODE SER INTERPRETADA DE DIVERSAS FORMAS, BASTA QUE CADA CASO TENHA A SUA REPERCUSSÃO DIFERENTE A CADA FATO. ASSIM, PONHO A MINHA SINGELA OPINIÃO:

PARÁBOLA DA CULPA E DO CORRUPTO

A ignorância é a maior aliada da culpa, que, sentada no bar, acompanhada da negligência, negocia-se o esquema da facilitação, pela bagatela do risco da imprevisibilidade. Logo, depois de alguns goles de entusiasmo, já embriagado pela nova oportunidade, a visão fica turva e embaçada, aí os sintomas são previsíveis, mais incuráveis. Pois esta doença é cancerígena e contamina muita gente, sem efeitos colaterais ou psíquicos, a sensação de felicidade eleva a adrenalina ao ápice da satisfação. Como inexiste clínica de tratamento, o vício se desenvolve na invisibilidade do silêncio e quem paga o preço desta doença é a sociedade que, em sono profundo, jaz na cama do conformismo.


A LEI DA CULPA

As mentes humanas são assediadas pelo momento ou aliciadas pela oportunidade, navegamos pelo oceano das regras, onde somos mantidos dentro de uma caravela, que segue a correnteza traçada pela bússola do horizonte da Boaventura. Mas como a natureza humana não está condicionada a concordar, logo, é meramente uma reserva lógica que o pensamento tolhe em função do discernimento, cuja capacidade de compreender limita-se ao que está à volta, por isso o comportamento é temporal e age conforme o momento ou a oportunidade. Como a mente muitas vezes age com ausência de culpa, sem medir a desmedida ação, o resultado não é mais o problema, mas a sua repercussão.


A IDENTIDADE DA CULPA

A culpa tem personalidade e identidade, quiçá faz parte de uma família muito bem estruturada, exemplo de união e equilíbrio emocional, pois não há chance para crises ou discussões. Nesta entidade familiar, com o tempo amadurece e fica cada vez mais forte, o tempo blinda a instituição da família de tal forma que, no inicio da relação, é possível se ver em ambiente público, porém pouco notado, mas com o passar dos anos se torna invisível, não mais permite ser visto em público, se torna uma sociedade secreta, onde os membros integrantes desta família selam o pacto de morte, onde a vida é doada ao propósito maior, preservar a grande família. 


A CULPA É DO UNIVERSO

O sentimento é o maior dos males que a culpa carrega, pois a culpa será sempre vítima e nunca autora das ocorrências. Uma vez que as ações humanas pensam na possibilidade, mais opta pela eventualidade, a culpa se torna vítima. Pois ela anuncia o evento futuro, mas como as coisas possíveis não promove dano, senão pela concretização, é certo que a culpa não é uma escolha, mais uma consequência. Esta será sempre vítima de quem culpa o mundo, mas jamais a si mesmo. 

CULPADOS

Ser uma pessoa legal é tão somente um sorriso e algumas palavras engraçadas, mas nunca o cumprimento e o respeito à lei. Respeitá-la nos limites de sua criação é imoral e antiético, por isso transgredi-la é tão necessário quando ser legal. 

A face do espelho

    CONFÚCIO, sábio pensador disse: " O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros."



  A perversidade da vida é o desejo de apontar o dedo aos que estão a frente dos olhos, sempre julgando conforme as próprias convicções e não pelo que a pessoa é de fato. Assim, ignoram que todos carregam em suas costas enormes espelhos que reflete tudo que se esconde atrás sua face.

   vivemos no paradoxo de nossa própria realidade, pois construímos espelhos em tudo que fazemos, com isso nossas ações nunca são a realidade absoluta, mas sim a refletida. Somos capaz de fazer e a praticar ações sem medo da repercussão, desassociado da causa, somente em busca somente do efeito. 

   A mente sempre alicia o resultado e não o meio, por isso muitas ações tidas perversas são atos comuns. Somo hábeis em vitimizar-se e fraco em sustentar a verdade. O espelho é o melhor caminho para refletir a verdade absoluta de cada pessoa, nele não há só o reflexo mais a confiança que tudo pode ser feito. A face verdadeira necessita do espelho para agir, muitas vezes se esconde na utopia da vida real.

   O que pensamos é o espelho de nossa verdade, mas fazemos o oposto em função de nossa necessidade. Nossas vidas se resume em dois núcleo de paradoxo, a espelhada e a real. Necessitamos de ambas para o equilíbrio da vida, mas saber qual delas melhor a identifica no meio social é o dilema da mente capaz e da mente satisfeita. A primeira requer valores e premissas associadas a caráter e a personalidade. Já a segunda depende da adequação ao ambiente que se vive, bem como aos fatores e circunstâncias que surge a cada fato que, certamente, resultará no ato.

   O espelho que se posta a frente de nossa visão não é o mesmo que lhe revela as costas. Por isso os tolos só acreditam naquilo que a face do espelho mostra, sempre a própria imagem refletida, pois assim não teme as próprias ações pela segurança da imagem refletida. Mas ignoram que o espelho reverso revela o real de cada pessoa e esses espelho não está avista da dono, senão as pessoas a sua face.

   Quando as ações se mede pela face do espelho não há valor e nem mudança, senão o reflexo de si. Se uma pessoa grita com a outra não passa de reflexo da sua face espelhada, o mesmo na agressão, na rejeição, ou seja todas as ações negativas revela as próprias na face do espelho. O que se faz é reproduzir as próprias crenças e convicções, apontamos os erros alheios que são na verdade próprios.

   Cuidar do próprio espelho evitará que fique embaçado e se bem cuidado o reflexo será a verdade de fato de quem és. Limpe a sua  imagem para ser bem refletida por onde quer que vá. Ter uma imagem nítida de sua vida lhe trará transparência límpida de sua identidade pessoal ilibada.